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Macapá, Amapá, Brazil
Bem-vindos ao blog do Coletivo Psicodélico!Aqui vocês podem acompanhar um pouco dos nossos trabalhos experimentais voltados para as diversas vertentes que permeiam as Artes Visuais,discutindo,refletindo, questionando, e trocando idéias entre os produtores do ramo,apreciadores e aqueles que tem afinidade com o mesmo,podendo trocar idéias baseadas em obras desenvolvidas dentro da vídeoarte, performance, fotografia e instalação, e o que tem predominado no blog: Os escritos cotidianos... Sintam-se á vontade para criticar e sugerir, estamos aqui pra isso, e somos assim, eternas aprendizes. Abraços de Emmi Barbosa, Fiama Glíssia e MAPIGE, as pisicodélicas que fazem parte desse coletivo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um dia não é como o outro!!!

Todos os dias temos uma rotina diferenciada e nos encontramos quase sempre nas aulas com as mesmas pessoas, mas no meu caso, encontro com a Emi e Mick, o que hoje já está sendo normal nossos cumprimentos de mão e ombro... O que antes era alvo de críticas e risadas entre nossos colegas. O caso era que pelo fato de sermos mulheres não deveríamos nos cumprimentar daquele jeito, e sim de maneira cordial, de maneira a ser espécie de damas; criadas para sermos donas de casa, prendadas, sabendo cozinhar e satisfazer a quem colocar-se a nossa disposição, ou no caso formasse família.



Os velhos “oi” ou como “vai” já mudaram para o Coletivo Psicodélico faz tempo, dificilmente chegaremos apenas balançando as mãos de longe sem contato, sem as velhas piadinhas de “toca... deixa que eu toco sozinha”, ou “e aí!?”, ou “falae”... Vemos que se tornou como um ritual, e antes de qualquer coisa, ou até mesmo sentar na cadeira da sala para assistir aula fazemos o que podemos chamar de “toques psicodélicos”. Então os dias são melhores quando não se tem um cumprimento como uma espécie de obrigação, ou como se você estivesse formulado aquele boa tarde, bom dia, boa noite sem muita indicação de que se pode haver uma diálogo mais consistente e sem nenhuma emoção, e sim podemos ver nossos “apertos de mãos” como  uma forma de companheirismo. E sem querer saímos do “padrão” mostrando pra nós mesmos e pra sociedade que podemos estar sendo educados e sem necessariamente estar agradando aos outros. Pois agradamos a nós mesmos. E o mais importante, firmamos nossa amizade e a nossas produções como Coletivo, mulheres e seres humanas inseridas dentro da sociedade.











*Suzanne


domingo, 20 de novembro de 2011

Quer mais?


Paper T.

 Esses dias tenho procurado por um emprego, ou como sempre digo, um trampo. Pensa numa coisa difícil, eu hein! Fiz currículum e tudo o mais... Mas sempre tem a pergunta-chave da vez. “Tem experiência??” Aff!! Essa questão é sagrada. Por que não me perguntam: “você ta bem?”, “Como vai?” Mas quando... Então vou contar-lhes minhas, algumas, de minhas experiências...
(...) Já roubei laranja do quintal do vizinho, me pendurei em árvores, cutuquei ninho de abelhas, matei formigas, criei baratas, tirei carrapatos do cachorro, escorreguei na calçada com espuma de sabão, apertei campainhas e saí correndo, passei trotes, caí da bicicleta, levei tombos andando de skate e patins, paguei micos, peidei na sala de aula, colei nas provas de física e matemática, coloquei chiclete na cadeira da professora de química, fiquei de castigo, escrevi nas mesas da escola, apagava as luzes dos banheiros, gostei de um professor, amarrei o cabelo igual ao da chiquinha, peguei piolho, usei roupas do avesso, me atrasei, dancei, fiz amigos, me apaixonei, pedi um cara em namoro, levei foras, fiz barquinhos de papel, origamis variados, escrevi em diários, anotei datas importantes, grifei frases inspiradoras, li livros, aprendi, decorei fórmulas, calculei adição, subtração, multiplicação, divisão, dei um nó no cérebro... Beijei, abracei, sofri, menti, chorei, tomei banho de chuva, pisei em cocô na rua, pixei meus tênis, usei meia furada, dormi sem tomar banho, assisti filmes, desenhos, programas e noticiários, discuti com minha mãe, briguei com meus irmãos, desenhei, pintei, gritei, suei, fiz performances, perdi amizades, fui roubada, enganada, escutei o mesmo refrão da música mil vezes, me queimei com velas, fritei ovos, comi doces até dar dor de barriga, fui pra faculdade, fotografei a lua, o sol, eu mesma... Dormi debaixo da cama, tive medo dos trovões fui em shows de rock, cantei até ficar rouca, disse palavrão, pintei as unhas de preto, roxo, rosa, azul... Realizei sonhos, guardei segredos, tirei xerox, sorri, contei piadas, zoei até o amanhecer, dormi com cachorro no meio do mundo, adotei gatos, corri das galinhas, me assustei com palhaços, enfiei o dedo no bolo, quebrei espelhos, adoeci, emagreci, me afoguei, fiquei bebaça, me machuquei, tomei remédios, criei estórias, contei, caminhei, namorei, me decepcionei, me sujei com sorvete, inventei, dei gargalhadas, fiz guerra de pipocas, cortei o cabelo, usei salto, andei descalça, gastei quando não devia, achei moedas no chão, paguei, viajei, refleti, causei e resolvi problemas, ensinei, desobedeci, agradeci, usei o banheiro masculino, varri a casa, visitei lugares, desafinei, esqueci momentos, guardei lembranças, tentei voar, peguei ônibus errado, passei fome, derramei e enxuguei lágrimas, comi gelatina de morango, falei besteiras, novidades, fofocas... Pulei muros, martelei o dedo, cacei minhocas, rolei na lama, tive medo, acordei cedo, fui à festas, aniversários, casamentos, eventos, pedi carona, comprei bobagens, produzi, fiquei envergonhada, travei, senti borboletas no estômago, me vesti estranho, me descabelei, me estressei, borrei a maquiagem, errei... Tomei decisões certas e erradas, trabalhei, surtei, cansei, ganhei bichinhos de pelúcias, perdi oportunidades, cuspi, sangrei, passei batom no dente, fiquei de cabeça para baixo, deixei o arroz queimar, tive medo do escuro, cuidei, me abaixei, levantei, subi, desci, corri, enfrentei, arranjei cicatrizes, costurei, me envolvi, fiquei, acessei a internet, ganhei mesada, cortei o dedo, lambi a tampa do iorgute, colei a língua na pedra de gelo, fiz brigadeiro, saboriei a lazanha, a salada e a feijoada arretada da mamãe, pulei corda, grafitei, odiei os outros e a mim mesma, tive atitude, segurei a vontade de falar xixi, usei brinco, me engasguei com espinha de peixe e caroços de azeitona, cozinhei, amei, rezei, critiquei, caguei, vomitei, esmaguei insetos, salvei animais, observei o céu, contei estrelas, gaguejei, emprestei, brinquei de amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, e jogo da velha, andei de trem , montanha-russa, roda gigante, carrosel, avião, bike, ônibus lotado... 

 


 Amadureci, agitei ao som de Nirvana, encarei desafios, superei obstáculos, perdi e ganhei, atravessei a faixa quando o sinal estava vermelho, disse gírias, pisquei, arranquei cabeça de bonecas, suspirei, me vinguei, me curei, convidei, surpreendi, me emocionei, acalmei, derrapei, sujei, fui contras as regras, exercitei, resmunguei, dei conselhos, virei as páginas, tirei zero a dez, fiquei nua, disse sim, não, valeu, cai fora, até mais, desculpa, não foi eu, deixa pra amanhã, eu quero, eu vou... Eu posso? Devo? Nego? Fiz sombras à luz da lanterna, cochilei em palestras, torci, evoquei a ‘Loira do banheiro; olhei pelo buraco da fechadura, joguei futebol, vôlei, video-game e basquete, montei quebra-cabeça; espremi espinhas e bolhas de catapora, tropecei nas patas, mordi o hambúrger com muita vontade, fiz bigode ao beber o leite, passei perfurmes variados, comecei, vibrei, terminei, mediei, superei, enfrentei, desisti, voltei, atrasei, cheguei, misturei, investiguei, resisti, mudei de idéias, opiniões, fui pior, melhor, nojenta, cruel, ignorante, cara-de-pau,alegre, triste, inocente, sexy, brava, egocêntrica, curiosa, azarenta, misteriosa, brincalhona, engraçada, desastrada, perigosa, menina, mulher, ousada, sem limites, feliz por completo!

TRAVIS MILLARD - NOSE BLOOD - DRT 013


 (...) Comi até não aguentar, colecionei pôsteres, me viciei em chocolate, coca-cola, orkut e blog, baguncei tudo, toquei, deixei a carne pular do prato, enxuguei as mãos na toalha da mesa, empinei pipa, saí, mergulhei na imaginação, fui estranha, teimosa, depressiva, escandalosa, fugi da igreja, fiquei entendiada, enfrentei o perigo, levei choques, liguei palavras, dei descarga,filmei, registrei, insultei, pensei muito, muito, muito... Esqueci o relógio, a senha, os nomes, lembrei de dizer ‘Te amo pai, mãe, família, amigos, paixões!’ Cheirei flores, plantei árvores, idolatrei, brindei, chamei atenção, busquei o melhor, fui forte, fraca, inteligente, burra, idiota, pedi ajuda, esqueci do absorvente, curti, traguei, apaguei parte do passado, rasguei correspondências, dei apelidos, títulos, nomes, não arrumei o quarto, tive inimigos, trios, duplas, colegas, enlouqueci, duvidei, testei, consegui, segui, jurei, prometi, confundi, tracei planos, belisquei a sobremesa, me babei, fui boa, má, ciumenta, tive dor de ouvido, de cabeça, de cotovelo... Orgulhosa, atrapalhada, vândala, sinistra, ativa, passiva, inquieta, psicodélica, vaidosa, feia, bonita, assustadora, malandra, fui no parque, na praça, visitei o teatro, o circo, centros culturais, barracas de cachorro-quente e batata-frita, vi a cidade em seu caos, ouvi a sonoridade do Rio Amazonas, pesquei brisas, respirei rapidamente, inovei, imitei, usei, tive prazeres, conheci pessoas, me escondi, vi o pôr-do-sol, tentei espirrar com os olhos abertos, cantarolei debaixo do chuveiro, tirei meleca do nariz, roí as unhas, cortei minha pele, bebi detergente, passei pimenta nos olhos, colei chiclete no cabelo, prendi moscas num copo, fiz pacto de catchup, furei o pé, apontei lápis de cor, risquei, arrisquei, rabisquei, apresentei, atendi, desliguei, me esgotei, continuei, parei, fingi, fugi, perguntei... Tem experiência??!!
            Se tudo que fiz até agora não são experiências o suficiente, eu nunca terei uma oportunidade de emprego. A vida, em si, é uma grande (única) experiência... Que não sabemos o quanto vai durar, mas é “eterna” enquanto dura! São esses pequenos fragmentos, que unidos, formam o que costumam chamar por aí de felicidade. (...)


MATS !? - TROGLODYTE - DRT 032



EMMI'

terça-feira, 8 de novembro de 2011

5 de novembro: 21 primaveras e uma breve biografia




Meus pais sempre quiseram ter uma filha... E conseguiram na 3ª tentativa. Meu nome seria Helena, homenagem à minha vó, mas o intrometido do meu tio chegou primeiro e usou o nome em uma de suas pimpolhas. Camila, Olivia, Emily... Pelo menos em nenhum momento meus pais pensaram em ‘Maria’... Ufa! Noemi Barbosa dos Santos. Nome diferente, meio esquisito. Barbosa de mãe, Santos do pai. Eis a criatura que o médico teve que dar umas palmadas e minhas primeiras palavras deveriam ter sido “Rock in Roll, baby”! Cinco de novembro, mais um dia no calendário, sábado, não tem aula e é meu aniversário de 21 anos, cara, to ficando véia (rs), preciso de uns drinks, “é que logo agora, vai começar a história...” Hum, ficar bêbada? Não seria má idéia...


Um pedacinho de mim... M/m
Vindo de uma pequena cidade à qual todos intitulam “interior”, sim, e lá que mora nossa querida Emi’, em Santana (Amapá). Emi, personalidade forte, quando as coisas não a agradam ela chuta mesmo o balde e manda todo mundo se f**. O mundo perfeito, rosa e cheio de borboletas da Barbie não pertence à sua vida. Com seus três irmãos, invadiu o universo masculino jogando Super Mário e descobrindo golpes de luta incríveis, quando, por exemplo, deu um chute no estômago de um de seus irmãos, deixando-o sem ar. “Eu pensava que depois da escola seguiria a carreira de artista de circo... mas, esse sonho acabou quando caiu de cabeça na raíz da árvore preferida, a ameixeira. Sei, é um pouco triste, um momento marcante da minha vida e talvez eu tenha perdido um ou dois neurônios nesta aventura. E o circo não seria uma boa... Tenho medo de palhaços.”
Sempre andou com os esquisitões da sala de aula, o diferente sempre a atraiu.  Odeia patricinhas, e usar salto, há! “Acho que meus pés foram adaptados exclusivamente para tênis. Pés escrotos pra caramba!” Quando ganhava bonecas, brincava uns três dias depois arrancava a cabeça e todo o resto, jogando pelos cantos. Diferente de quando ganhou a 1ª bicicleta, mesmo sendo rosa. “Nossa foi um tempo radical, aprendi a andar no mesmo dia, com uma quedas básicas, aquela bike era minha paixão (memórias)".


Até os sete anos possuía uma inocência encantadora de um verdadeiro anjinho. Aos oito/nove, perdeu sua auréola e a trocou por um belo par de chifrinhos, hehe! Emi, a pequenina nerd, guiada por um dos irmãos  adolescentes, conheceu a banda Nirvana, e o poder do rock dominou suas veias, mudando sua pacata vida. “Quando escutei ‘Smell Like Teen Spirit’ me senti fora do normal, sem explicação, senti liberdade extrema. E eu precisava conhecer aquela banda, parecia que nada mais me importava... Eu queria ser rebelde, pintar as unhas de preto, rasgar meus jeans e falar palavrão mas, não o fiz (hoje faço!). “ Mais tarde Guns’n’Roses, Raimundos, Coldplay, Pitty, Placebo, Korn e outros, faziam parte dos sons que Emi passou a curtir.


Conheci minha melhor amiga em 2000, Núbia, no mesmo ano em que nasceu meu terceiro irmão, Felipe (Amo-te!) “Quando eu a conheci foi muito engraçado... Nós tínhamos mochilinhas de urso panda (eu ainda tenho a minha!) Já vivenciamos cada momento louco, é incrível, nossos ‘Ki-s’ se completam perfeitamente! Começamos a descolar umas bandas, até hoje compartilhamos isto. Hum, inclusive, em janeiro de 2012 eu irei visitá-la em São Paulo! uhuh! Vai ser fodástico do começo ao fim!”
“Já pensei em ser uma aeromoça, uma nutricionista, professora... No 3º ano do ensino médio isso não saía da minha cabeça. Conheci as pessoas mais loucas da cidade, meus queridos e inesquecíveis amigos da turma 2008, saudades!” Risos, bagunças, travessuras, colas, pichações, amor... Não faltam. “Acabei passando no vestibular, Artes Visuais (licenciatura), quem diria...” Atualmente, Emi, em companhia do Coletivo Psicodélico, descobriu seu grande foco. Tem um romance com um estudante do curso de matemática e pretende montar uma banda com suas melhores amigas, Mick e Fiama. E se Justin Bieber lançou sua biografia, por que eu não poderia?!