Meus pais sempre quiseram ter uma filha... E conseguiram na 3ª tentativa. Meu nome seria Helena, homenagem à minha vó, mas o intrometido do meu tio chegou primeiro e usou o nome em uma de suas pimpolhas. Camila, Olivia, Emily... Pelo menos em nenhum momento meus pais pensaram em ‘Maria’... Ufa! Noemi Barbosa dos Santos. Nome diferente, meio esquisito. Barbosa de mãe, Santos do pai. Eis a criatura que o médico teve que dar umas palmadas e minhas primeiras palavras deveriam ter sido “Rock in Roll, baby”! Cinco de novembro, mais um dia no calendário, sábado, não tem aula e é meu aniversário de 21 anos, cara, to ficando véia (rs), preciso de uns drinks, “é que logo agora, vai começar a história...” Hum, ficar bêbada? Não seria má idéia...
Um pedacinho de mim... M/m
Vindo de uma pequena cidade à qual todos intitulam “interior”, sim, e lá que mora nossa querida Emi’, em Santana (Amapá). Emi, personalidade forte, quando as coisas não a agradam ela chuta mesmo o balde e manda todo mundo se f**. O mundo perfeito, rosa e cheio de borboletas da Barbie não pertence à sua vida. Com seus três irmãos, invadiu o universo masculino jogando Super Mário e descobrindo golpes de luta incríveis, quando, por exemplo, deu um chute no estômago de um de seus irmãos, deixando-o sem ar. “Eu pensava que depois da escola seguiria a carreira de artista de circo... mas, esse sonho acabou quando caiu de cabeça na raíz da árvore preferida, a ameixeira. Sei, é um pouco triste, um momento marcante da minha vida e talvez eu tenha perdido um ou dois neurônios nesta aventura. E o circo não seria uma boa... Tenho medo de palhaços.”
Sempre andou com os esquisitões da sala de aula, o diferente sempre a atraiu. Odeia patricinhas, e usar salto, há! “Acho que meus pés foram adaptados exclusivamente para tênis. Pés escrotos pra caramba!” Quando ganhava bonecas, brincava uns três dias depois arrancava a cabeça e todo o resto, jogando pelos cantos. Diferente de quando ganhou a 1ª bicicleta, mesmo sendo rosa. “Nossa foi um tempo radical, aprendi a andar no mesmo dia, com uma quedas básicas, aquela bike era minha paixão (memórias)".
Até os sete anos possuía uma inocência encantadora de um verdadeiro anjinho. Aos oito/nove, perdeu sua auréola e a trocou por um belo par de chifrinhos, hehe! Emi, a pequenina nerd, guiada por um dos irmãos adolescentes, conheceu a banda Nirvana, e o poder do rock dominou suas veias, mudando sua pacata vida. “Quando escutei ‘Smell Like Teen Spirit’ me senti fora do normal, sem explicação, senti liberdade extrema. E eu precisava conhecer aquela banda, parecia que nada mais me importava... Eu queria ser rebelde, pintar as unhas de preto, rasgar meus jeans e falar palavrão mas, não o fiz (hoje faço!). “ Mais tarde Guns’n’Roses, Raimundos, Coldplay, Pitty, Placebo, Korn e outros, faziam parte dos sons que Emi passou a curtir.
Conheci minha melhor amiga em 2000, Núbia, no mesmo ano em que nasceu meu terceiro irmão, Felipe (Amo-te!) “Quando eu a conheci foi muito engraçado... Nós tínhamos mochilinhas de urso panda (eu ainda tenho a minha!) Já vivenciamos cada momento louco, é incrível, nossos ‘Ki-s’ se completam perfeitamente! Começamos a descolar umas bandas, até hoje compartilhamos isto. Hum, inclusive, em janeiro de 2012 eu irei visitá-la em São Paulo! uhuh! Vai ser fodástico do começo ao fim!”
“Já pensei em ser uma aeromoça, uma nutricionista, professora... No 3º ano do ensino médio isso não saía da minha cabeça. Conheci as pessoas mais loucas da cidade, meus queridos e inesquecíveis amigos da turma 2008, saudades!” Risos, bagunças, travessuras, colas, pichações, amor... Não faltam. “Acabei passando no vestibular, Artes Visuais (licenciatura), quem diria...” Atualmente, Emi, em companhia do Coletivo Psicodélico, descobriu seu grande foco. Tem um romance com um estudante do curso de matemática e pretende montar uma banda com suas melhores amigas, Mick e Fiama. E se Justin Bieber lançou sua biografia, por que eu não poderia?!