O artista Zezão, nasceu em São Paulo, 1971. Autodidata, aprendeu a pintar nas ruas. Especialidades: Pintura abstrata, caligrafia abstrata, instalação, site specific, fotografia, vídeo arte. Famoso por sua atividade nos subterrâneos da cidade, Zezão entra por bueiros e invade os canais de águas pluviais que correm em direção aos rios Tietê e Pinheiros, descobrindo a beleza no monstruoso lixo paulistano. Por incrível que pareça, Zezão fez uma sequência de obras intituladas "Psicodélico", eis então uma honra para o nosso coletivo que apresenta o mesmo nome, mostrá-las aqui neste humilde espaço. Quando vi fiquei totalmente fascinada pelo trabalho de Zezão, em uma entrevista á MTv, o artista contou que ao produzir uma de suas obras ele entrou em um esgoto e encontrou um homem e sua família... No mesmo ano, no Natal, quando estava na mesa para jantar, lembrou-se do homem e imediatamente foi buscá-lo para jantar junto com ele em sua casa. Este é sem dúvida um grande artista que tem trazido uma grande problemática em suas obras, o lixo.
A paisagem urbana, de onde Zezão extrai sua estética, é a de uma São Paulo grande, desleixada com seu espaço público, com seus rios e com o seu lixo. Zezão vai fundo na exploração dessas mazelas e consegue extrair preciosidades simbólicas do nosso caos urbanístico, tão contemporâneo. A adolescência vivida no ambiente do skate, punk e pichacão, foi marcada pelo trabalho duro. Chegou a ser trabalhador rural em Portugal, motorista de caminhão e motoboy em São Paulo. Dessa vivência, Zezão aprendeu a ver beleza, onde a maioria das pessoas só consegue enxergar lixo, sujeira e desolação.
São Paulo é um tema no trabalho de Zezão, sem dúvida, mas é também seu principal suporte. O artista explora o ambiente urbano e intervêm nele, interagindo com sua cenografia e personagens. O artista entra na cena, escolhe a locação, se relaciona com o morador da rua, seja ele louco, nóia, criança ou velho. Ele sabe que sua performance precisa agradar os que ali habitam, pois sua arte é feita para elas, num primeiro momento.
Nunca existiu, na cabeça do artista, a idéia de que a sua arte deveria ser vista apenas por especialistas que pudessem entender a sua profundidade. Zezão começou a pintar num momento de depressão pessoal, profissional, generalizado. Saiu das ruas e se enfiou no subsolo dos canais de água pluvial que permeiam toda a cidade. Foi para um lugar quase sem humanos, povoado por ratos e baratas e, ali, foi descobrindo os cenários que se tornariam sua marca registrada.
Ninguém é artista por acaso, mas é por acaso que se descobrem!
Nunca existiu, na cabeça do artista, a idéia de que a sua arte deveria ser vista apenas por especialistas que pudessem entender a sua profundidade. Zezão começou a pintar num momento de depressão pessoal, profissional, generalizado. Saiu das ruas e se enfiou no subsolo dos canais de água pluvial que permeiam toda a cidade. Foi para um lugar quase sem humanos, povoado por ratos e baratas e, ali, foi descobrindo os cenários que se tornariam sua marca registrada.
Ninguém é artista por acaso, mas é por acaso que se descobrem!
psicodélico - ZEZ 150
(100 x 100 cm) 2007
(100 x 100 cm) 2007
psicodélico # 2 - ZEZ 142
(100 x 160 cm) 2010
(100 x 160 cm) 2010
psicodélico # 5 - ZEZ 152
(115 x 130 cm) 2010
(115 x 130 cm) 2010
psicodélico # 1 - ZEZ 141
(100 x 160 cm) 2010
(100 x 160 cm) 2010
psicodélico - ZEZ 074
(50 x 50 cm) 2008
(50 x 50 cm) 2008
psicodélico # 4 - ZEZ 151
(130 x 115 cm) 2010
(130 x 115 cm) 2010
Emi'
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