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Macapá, Amapá, Brazil
Bem-vindos ao blog do Coletivo Psicodélico!Aqui vocês podem acompanhar um pouco dos nossos trabalhos experimentais voltados para as diversas vertentes que permeiam as Artes Visuais,discutindo,refletindo, questionando, e trocando idéias entre os produtores do ramo,apreciadores e aqueles que tem afinidade com o mesmo,podendo trocar idéias baseadas em obras desenvolvidas dentro da vídeoarte, performance, fotografia e instalação, e o que tem predominado no blog: Os escritos cotidianos... Sintam-se á vontade para criticar e sugerir, estamos aqui pra isso, e somos assim, eternas aprendizes. Abraços de Emmi Barbosa, Fiama Glíssia e MAPIGE, as pisicodélicas que fazem parte desse coletivo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

E depois, o que vai querer??

Sabe aqueles momentos que a gente nunca esquece? Pois é, eu estava me recordando do meu primeiro dia de aula, a uns treze anos atrás... "Mas que gracinha", disse mamãe, sim, lá estava eu, toda feliz, pensando que a escola era igual a Fábrica de Chocolate (pura diversão), na verdade eu imaginava a escola de várias maneiras, mas nenhuma delas era a que representasse a realidade. E lá vamos nós, ou melhor dizendo, eu, depois de um copo com leite, camisa branca, saia azul, cabelo amarrado tipo 'rabo de cavalo' e tênis devidamente amarrados, eu estava indo para um lugar diferente e isso me deixava mega feliz e nem sei o porquê. Atravessei a rua... Mais louco ainda era o fato de que a escola fica á no máximo 100 passos da minha casa, e talvez por isso eu não estivesse tão preocupada naquele momento. Fui deixada na sala de aula, mamãe toda orgulhosa. Sempre fui muito desconfiada, me sentei, olhei ao meu redor... Aquilo não podia estar acontecendo, 'onde estou?' As horas se passaram e a professora avisa que é o recreio... Eu estava em choque, ninguém falava comigo, a professora havia nos apresentado uma letrinhas, cinco do alfabeto, é elas mesmas, as vogais. E agora, que será que é recreio, pensei logo "vou aproveitar a oportunidade'. Então, comecei a me dirigir para o portão da escola, tentei sair, mas não me deixaram e eu via a minha casa daquele ângulo, e cheguei a uma conclusão: 'Estou presa e não virão me buscar.' Entrei em apuros, parecia o fim do mundo (que drama, hein!), criança boba... Comecei a chorar, lágrimas de desespero eram aquelas, eram mesmo. Depois que o recreio acabou, todos retornaram às suas salas, mas eu?? Eu não sabia mais voltar, talvez por não lembrar o caminho ou o mais provável, eu não queria. No fim das contas, a professora me encontrou, e lá vamos nós pro quadro novamente. Eu estava muito confusa... Após a aula, meu irmão foi 'pagar minha fiança' e eu logo me senti feliz, estava livre!!! (...) Passei por essa situação por uma semana toda... Depois fui me acostumando, algumas meninas falavam comigo, e essa era a explicação para os piolhos que consegui mais tarde, e foi aí que começaram as dores de cabeça de minha mãe. Ai, ai, doces lembranças. 
Agora, voltando pra minha vida atual, começo a encarar o 5º semestre do curso de Artes Visuais, (eu e o coletivo), metade do curso já se foi e outra metade é mais um desafio. Penso: o que vou fazer depois do curso?!! OH my God! O que eu vou querer depois???! Em dois anos descobri que minha alma pertence á Arte, temos uma espécie de pacto, isto me transformou, meu modo de ver o mundo, de conhecer as pessoas, de andar nas ruas e observar o céu não são mais as mesmas coisas. Não que eu seja uma criatura amargurada, que bate nas pessoas (vontade não me falta, em alguns casos), mas ABRIR A MENTE, agora é essencial em minha vivência, com meu coletivo: as três dando o melhor de si nas linguagens artísticas, vamos buscar nossos limites, somos escravas dos nossos desejos. 

Onde há inspiração?
Sempre procuro por algo novo, mas ultimamente isso tem sido difícil, em um mundo tão preocupado com beleza física, corpos esqueléticos, muita maquiagem e salto alto... Sou mulher, mas isso não é o suficiente pra mim, aliás, nem me importo com estas questões, sendo que certas coisas nem tem um porquê, apenas surgem pra te deixar igual aos outros, pois o consumo é alto e a mídia te leva a crer que tem de obter... Ah não, dane-se a mídia! Prefiro procurar inspiração num mundo onde o estranho é bem-vindo, onde ter olheiras, usar sandálias e fazer um penteado mal-feito são atividades legais. Muitos vivem por viver... Tem quem diga que Arte é uma merda, e esquecem que qualquer alimento, depois de comigo também é merda (mas tudo bem), até há uma certa discriminação com acadêmicos do curso, mas essa tal merda te faz abrir os olhos, tudo ganha sentido, te apresenta o mundo sem máscaras, tal qual é. 


O COLETIVO PSICODÉLICO ESTÁ DE VOLTA COM FORÇA TOTAL!


EMMI'

2 comentários:

  1. Confesso que nem me lembro de como vim parar aqui, mas estou gostando... ^~

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  2. Ah, catei a matéria do "fotoMontagens" e coloquei no meu, com os devidos créditos, claro. ^~

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