Cada vez mais nosso corpo se distancia da terra...é o que nos leva a pensar mais sobre espaço, existir e sentir, e que pode-se até dizer que todo o universo se concentra na cabeça e no rosto, sendo observado na linguagem da TV. O mundo televisivo faz parte do no cotidiano, e nas Artes não será diferente... A contaminação foi inevitável, sentimos em cada cor, em cada textura, em cada obra... Seria a conseqüência do desenvolvimento do homem... Mas É possível recuperar o sentido da veracidade liga à natureza: Utilizando-se de espécie de ritos, fazendo-se valer no nosso dia-a-dia, com formas inusitadas e pela viagem ao universo do inconsciente, e renovando-nos como individuo, a identidade corporal vai se destacando, permeando o espaço, fazendo-se presente de maneira a dar vida ao corpo de forma sensorial, onde movimentos passam a ser destaque. Pois utilizamos como base o Butô, uma linguagem ao qual utiliza-se de expressão corporal... Idéias como a força dos pés, poderão servir como um sugador da energia vital (será uma das partes que manterá contato com a terra), e do quadril. Outras partes também irão ser pontos instigantes para o desenrolar desta performance.
Entre o corpo e o espaço, entre o espaço e a vida. O individuo com seu toque, com sua leveza, preenche o vazio, alterando o cotidiano, chegando ao seu limite, ao meu limite. Onde forçosamente alongar-me até não poder agüentar mais meu corpo... Latejar e gritar de dor, assim vou sentir-me mais vivo, e alterando os vazios, os “meus vazios”, fazendo uma junção entre o ser e o espaço, entre o sentir e o ver, uma forma que conecta-me ao meu mundo interno, onde faço feitos... Ao qual posso imaginar essa ligação ficando mais forte, entre eu e minha mente, e tudo ao meu redor... Vida, esperança, virtuosidade vibrará sobre mim, espírito de calmaria, me farão ir além desse corpo que chega a ser desconfortante, que me prende e que me impede de poder flutuar, minha elasticidade presente se volta em torno do meu “eu” e solta-se, livra-se de mim. E agora sim com o Butô relaxo, sobre essa imensidão que vai além do corpóreo... Assim me acalmo.
(By: Suzanne)
*Suzanne
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