Tem dias que tudo dá errado, você sabe, agora mais do que nunca. No último domingo (26 de junho), comprovamos que devíamos ter ficado em casa, assistindo tv, jogando um game, acessando a net ou comendo besteira... Ou não... Cabeçudas, fomos teimosas e arriscamos um som acústico com o violão da Fiama e um escroto desafinar meu(quem não arrisca não petisca!). Eu me aborreci cedo, em casa, a Boston* da minha tia estava me enchendo o saco com assuntos fúteis, como “você está muito magrinha!”, vai se ferrar! Odeio esses comentários, até parece que eu sou cega! Ás vezes tenho até medo que estas ocasiões despertem meu eu-psicopata, mas resisto... E faz tempo que resisto, se ela soubesse que eu já assisti HelterSkelter.
Tomei banho e fui procurar umas roupas, até perdi tempo experimentando uns vestidos, mas acabei optando por um look básico mesmo. Tinhamos combinado às 18:00hs, e nem e novidade, me atrasei como sempre. Cheguei às 19:00 e as meninas já estavam no clima de puro tédio, ou devia ser impressão minha. Chegamos no lugar, sentamos na grama, a Fiama começou a rolar um som, eu e a Mick cantarolamos algumas canções, bem desajeitadas, mas nada tão horrível e vergonhoso... Do nada surgiu um amigo ou “conhecido”, sei lá, da Mick. O cara é mó idiota, com umas conversas totalmente sem sentido algum, como “tatuar no pulso a palavra tatuagem”, é, isso foi a coisa mais nada haver que eu já ouvir... “foi ai que começaram os problemas”, disse um dia seu madruga, e foi justamente o que pensamos naquele instante. Caímos fora, e tinha uma mina de casais perto da gente e nessas horas não aparece um gatinho sequer, Ôhh azar do inferno! A Mick anunciou o horário do lanche e íamos rumo à lanchonete que sempre frenquentamos, mas a Fiama queria cachorro-quente(os cachorros do sertão)mas não tinha onde sentar, e comer em pé não é muito saudável e não é possível segurar o refrigerante,ocatchup, a maiones, o hot dog e uma bolsa... Peraí, eu tenho seis mãos! Vamos tentar outra. Seguimos, apostamos no caminho, perdi. Caminhamos para a 1ª opção, e andamos bastante... Vimos pessoas dançando, hippies na calçada, enfim, o cenário estava bem movimentado, inclusive o nosso point de lanchar; não tinha lugar, LOTADO, LOTADO, LOTADO! NÃO HÁ VAGAS! OCUPADO!
(...) O bar ao lado estava vazio, pena que não estávamos afim de uma bebedeira. Eu e a Mick saímos a pouco tempo da Renab. Pensamos em outro lugar e seguimos, ainda com esperança de degustar um mísero e saboroso hambúrguer pelo menos. Mais uma caminhada, mais fome, mais stress, mais decepção... Só queríamos um momento “MC lanche feliz”. Parece que todo mundo decidiu comer fora! . Tudo bem, vamos embora!(colocar ponto d interrogação) Hum, NÃO MESMO! A Mick tinha última opção, mesmo sendo caro, é um lugar legal e a comida é muito boa!(aqui não citarei o nome, ok!(interrogação)). A casa estava cheia, mas encontramos uma mesa num cantinho, as outras clientes ficavam nos olhando o tempo todo; os motivos(interrogação) Eu não sei... Talvez fosse pela nossa maquiagem pesada, olhos delineados de preto ou pode ser também porque ficamos rindo de tudo, falo alto demais às vezes, sou um pouquinho escandalosa nesse sentido. Pensamos que tudo estava super bem, só pensamos... Não tinha cardápio na nossa mesa. Putz! Nenhuma de nós queria emprestar um cardápio... Eu queria resolver no ‘pedra-papel e tesoura’, mas elas já estavam aborrecidas. Pedi para o cara da mesa ao lado (um homem todo chique!), eu nunca tinha emprestado um cardápio, foi bem engraçado, são nesses momentos bobos que me inspiram, da mesma forma quando vou ao banheiro fazer o número 2.
Fizemos as nossas escolhas, aí começou o momento “Quem vai pedir(interrogação)”(você deve estar pensando: ‘Que frescura pra comer!!). Sempre jogamos pra Mick, mas ela estava brava. Eu disse que a Fiama devia ir porque ela tem a voz bacana e tal, tipo telemarketing; ela não quis. A Mick jogou a vez pra mim, eu deveria ir porque sou a mais bonita, disse ela. Tudo bem amiga, mas prefiro o Pinóquio nas estorinhas infantis... Foda-se da comida difícil essa, hein!! A Fiama se rendeu e foi fazer o pedido no balcão. Deveríamos esperar nossa senha numa tela, 75 era ela. Ríamos para não chorar, pode crer. O clima já estava estranho, e tinha um cheiro estranho no ar que me deu vontade de espirrar, até rimoou... De repente... Aconteceu um milagre: apareceu uma garçonete... Seria legal se ela patinasse pelo lugar, assim como nos filmes do STATES*. Perguntou-se se havíamos feito o pedido. ‘THARAN!!’. Naquela hora me lembrei de um episódio do Dr. Chapatin, inclusive, Mick e eu havíamos comentado no sábado à respeito, e deu mó vontade de usar as palavras de Chapatin:
- Kit!
- Kit(interrogação) Kit o quê(interrogaçao)
- Kit importa!!!
Porque eu não disse(interrogação) Respondi que já havíamos pedido... À um século! A guria estava super mau humorada, pareceu-me que ela também estava com fome. Éramos quatro então!! Quando ela voltou ( e não demorou tanto), pareceu mágica... Voo doo não era... Nosso lanche, eba!!Inacreditable! Depois de tanto sufoco nada melhor do que uma grande e saborosa mordida num misto quentinho acompanhado de um gole gelaguela de refri, aí o resto da noite foi só alegria; apesar das pesares foi muito divertida e descontraída nossa domingueira. Moral da história: de uma coisa tenho certeza... antes de sair de casa devo fazer algumas orações básicas. Hum, escrever esta história de puro azar me deu uma fome... Ainda bem que hoje não é domingo e estou em casa, mas como tenho muito azar, é capaz que a geladeira faça um acordo com o fogão e estejam em greve!
Bonapetite!
* Emi
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