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Macapá, Amapá, Brazil
Bem-vindos ao blog do Coletivo Psicodélico!Aqui vocês podem acompanhar um pouco dos nossos trabalhos experimentais voltados para as diversas vertentes que permeiam as Artes Visuais,discutindo,refletindo, questionando, e trocando idéias entre os produtores do ramo,apreciadores e aqueles que tem afinidade com o mesmo,podendo trocar idéias baseadas em obras desenvolvidas dentro da vídeoarte, performance, fotografia e instalação, e o que tem predominado no blog: Os escritos cotidianos... Sintam-se á vontade para criticar e sugerir, estamos aqui pra isso, e somos assim, eternas aprendizes. Abraços de Emmi Barbosa, Fiama Glíssia e MAPIGE, as pisicodélicas que fazem parte desse coletivo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Deparando-me com a minha infância




   Reporto-me a minha infância ao me deparar com uma criança meiga, inocente e talvez contendo uns três anos de idade, ela sorria timidamente e ao mesmo tempo se fechava, o que seria uma forma de não mostrar o medo do mundo, das pessoas, do que poderia lhe fazer mal, continha o corpo magro e os olhos arredondados cor castanho claro...


     Isso tudo foi percebido em um cruzamento onde estávamos atravessando a rua, logo fiquei a pensar que assim como ela eu também agia me protegendo do que acreditava ou pressentia o que poderia me machucar; com a minha aproximação à menina recuou e fez cara de brava, como eu fazia na mesma idade, era uma forma de dizer que apesar do tamanho e pouca idade não me deixava levar por assuntos e pelo perigo, e que por mais que não pudesse e nem tivesse condições de revidar algum ataque tentaria ao menos sair bem de qualquer situação. Antes meu apelido era: Menina da cara brava. Lembrando-me que muitas vezes ainda faço, apesar de não ser mais uma criança, ainda tenho guardado um pouco do fui, pois todos nós de alguma forma devemos manter vivo esse sentimento, o que no meu caso trouxe fama de má, também me beneficiou, porque se pensarmos em crianças mais abertas e comunicativas, logo a lacuna é aberta, o que facilita a maldade alheia, não se devendo confiar em pessoas desconhecidas, e agora falando como minha mãe: Não fale com estranhos! É perigoso. Isso é bem verdade.




    Muitas crianças são pegas de surpresa por vendedores de balas ou até mesmo um “bom senhor”, que dizem ser do mais puro coração, e logo o resultado é o aumento de desaparecidos por motivos que poderiam ser evitados. Claro que nem todas as crianças são facilmente enganadas, mas existem os casos de rapto para ganhar dinheiro ou somente fazer o mal, o que acontece nos términos de relacionamento onde o companheiro não aceita o fim e leva a criança para longe da mãe e nunca mais aparece.
     São diversas situações que podem ser citadas aqui, mas o meu foco é a criança que habita em você. Muitas vezes nos pegamos cansados, estressados, com a cabeça cheia de perguntas sobre a nossa vida e o porquê de estamos nessa situação, é ai, então, que devemos recuperar a alegria, e sorrir para aquela criança que está presa em meio a tanta tecnologia, responsabilidades, e correria, para que não tenhamos futuramente um infarto com tantas e tantas coisas em nossa cabeça... Vamos descontrair e viver a vida hora e outra saindo da rotina e respirando ar puro, esquecendo um pouco as ligações e as redes sociais que te deixam conectadas ao mundo. A vida é levada tão a sério que às vezes não percebemos que não estamos vivendo ela como deveríamos, somente quando após um ininterrupto acontecimento que te para e faz refletir é que realmente você acorda. Não espere sua caminhada ser interrompida para fazer mudanças, o hoje é o que ainda importa para todos.



*Fiama 

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